Oi, pessoal.
Não tenho conseguido escrever. É impressionante como é difícil fazer o que gostamos quando estamos no fogo de Deus, sendo provados ou passando por transformações que mudam a nossa rotina, a nossa forma de pensar e conceitos são quebrados, lapidados. Agimos de forma inusitada diante dos homens, do mundo, da pessoa que amamos, da família e até mesmo dos inimigos, pois estamos tão vulneráveis na nossa intimidade que buscamos nos proteger a todo custo, para que a sensibilidade aflorada não seja externada e com isso não corramos o risco de haver mais ataques e mais cobranças. Ainda bem que o nosso Deus é a nossa fortaleza e nele nos escondemos para que possamos crescer debaixo das Suas asas, até que estejamos prontos para enfrentar o que está por vir.
Algumas coisas aconteceram nesse tempo que sumi, mas o que posso falar é que li dois livros. The Shack [A Cabana], de William P. Young – sugerido por um amigo de Jundiaí, que quando leu pediu que eu também o lesse para conversarmos sobre a forma como o escritor criou as personagens e descreveu a trindade divina. Foi muito interessante ver Deus através de uma cozinheira, muito similar à minha mãe na cozinha por sinal rs, mas nada muito diferente de quando enfrentamos Jesus no Leão Aslam das Crônicas de Nárnia, pois para quem é cristão, sabe reconhecer alguns momentos no enredo que gera tamanha similaridade com o que está na bíblia sagrada. Recomendo a leitura, principalmente porque foi uma experiência maravilhosa me imaginar caminhando com Jesus sobre as águas, conversando com Ele face a face. Eu chorei muito nessa parte, ri em outras, engoli o livro.
E Where is God when it hurts? [Deus sabe que sofremos], de Philip Yancey – o autor tem uma retórica que me prende na leitura. Só consigo parar quando não tem jeito mesmo. Ele fala sobre o sofrimento humano, a dor física e psicológica do homem e suas histórias, sobre pessoas que não foram curadas das suas enfermidades, acidentes que geraram paralisias e traumas psicológicos como o preconceito racial, o holocausto de Hitler, entre outros casos. O que mais me chamou a atenção foi quando ele fala sobre o encontro com os leprosos, a descoberta sobre a ‘ausência’ da dor na doença, como isso destrói o corpo e também quando ele fala da dor como uma dádiva divina, nos levando mais uma vez a ver a cruz do calvário como um grito de libertação e salvação aos cativos. Até agora estou meditando sobre o que li.
Também fui ver um filme e comer pipoca. Assistir Remember me [Lembranças], com Robert Pattinson e Emilie de Ravin – um romance para namorar, sair um pouco da rotina, mas foi marcante pelo final inesperado, que nos fez sair do cinema lembrando da realidade trágica e terrorista do nosso mundo. Outra coisa foi que finalmente quebrou um pouco aquela coisa de ‘final feliz’ de todas produções americanas. Recomendei para a minha prima Silvia no blog dela, que escreveu esses dias revoltada com estas utopias melosas que vemos nos cinemas rs.
Também mudei de casa. Eu não queria mudar de bairro, pois Clapham Junction é especial, mas é aquela coisa, é mudar para algo novo e melhor que esquecemos o que falamos rapidinho. Agora estou morando em Maida Vale, um bairro próximo da Little Venice [Pequena Veneza], um canal que corta o norte de Londres, muito lindo, onde há barcos residenciais em toda a sua extensão. Tenho saído para caminhar e correr quase que diariamente por aqui e é impressionante como cada canto de Londres tem uma atmosfera diferente daquela que já conhecemos, fora que tudo muda de acordo com cada estação do ano rs.
Tirando isso, tenho buscado mais de Deus, Ele tem me levado à essência da adoração. Estou com alguns projetos para este ano ainda, mas tudo depende do andar da carruagem, né? Segredos guardados no altar do nosso Eterno e que logo conto algumas coisas por aqui.
Abraços e Até +. Fiquem com Jesus!
